Ser pai e mãe no cenário atual e seus desafios

Quando pensamos no mundo que desejamos para os nossos filhos, imediatamente vem a ideia de um mundo melhor, um mundo sustentável, um mundo mais sensível com o meio ambiente, um mundo mais amoroso e empático. Esta ideia se propaga freneticamente no mundo do empreendedorismo e sensibiliza muitas pessoas, as quais tomam para si um sentimento de auto responsabilidade pelo o que esta acontecendo, e por aquilo que estar por vir para os nossos filhos.
Do Latim GENERARE, “gerar, dar vida a”, de GENUS, “raça, geração, descendência, família, do Grego GENOS, “raça, espécie”. Geramos um filho durante 9 meses, nos preparamos para recebê-lo e nos preparamos para lidar com novas situações, nos dedicamos a cuidar e alimentar, estamos sempre despertos a qualquer coisa inesperada que passa acontecer com aquele ser pequenininho, que depende totalmente de nós, com o passar do tempo ele vai se desenvolvendo, aprendendo suas artes.
Então descobrindo dois mundos distintos, ele sai do mundinho de sua mãe e passa a se relacionar com o resto que o rodeia, tendo suas vontades, imprimindo sua personalidade e seu temperamento, e a partir deste estágio da vida começa a ficar um pouquinho mais trabalhoso.
Gerar um filho pode ser bem simples, mas o que vem posteriormente é o que torna a jornada de um pai e de uma mãe uma luta incansável de fazer o seu melhor, de ser referência para aquela pessoinha que exige estarmos por inteiro em uma relação de amor, proteção, exemplo e cuidado. Sustentar e educar vai muito além do que normalmente vimos por aí, não estou falando daquelas necessidades básicas como alimentar, dar casa, comida, roupa lavada, material escolar. Estou falando em nutrir com amor, compreensão, orientação, educação, segurança emocional, estímulos, impor limites e todas aquelas variantes indispensáveis para que uma pessoa seja segura e feliz.
Educar não é colocar em um bom colégio e deixar para que os professores “moldem” pessoas boas e cultas, educar é trabalhoso, educar requer tempo, investimento e paciência. Educar exige de você um tempo especial para estar com seu filho, estar inteiramente, não é estar por estar, não é dar aquela atenção disfarçada, em que você trocar algumas palavras achando que é suficiente, continuando a conversar com outra pessoa, sobre outros assuntos que para vocês podem ser mais relevantes naquele momento, ou assistir seu programa favorito da TV. Educar requer conexão, conexão com a experiência, conexão com o sentimento, conexão com as descobertas feitas pelo seu filho, que para você pode não ser grande coisa, mas pra ele, aaaah para a criança ela está descobrindo o mundo.
O desenvolvimento infantil é mágico, acontece muito rápido e cada fase que se conclui, contribui significativamente para a próxima, seja de forma positiva ou negativa. Com a falta de tempo, a correria do dia a dia e pela luta incansável de manter os boletos pagos, descuidamos do elemento mais importante para formar pessoas íntegras, saudáveis e responsáveis por si mesma: atenção, proteção e orientação. Temos o costume de diminuir a importância das coisas, achando que tudo é normal e natural. Desta maneira, é mais confortável acreditar nesse ponto de vista do que valorizar o desenvolvimento, incentivar, motivar, estimular o que nossas crianças estão aprendendo ou descobrindo, falar sobre sentimento é algo tão incomum. Muitas vezes nem nós mesmo conseguimos lidar com eles, nos limitamos a uma dúzia de emoções quando na verdade existem milhares a serem exploradas, a educação emocional na infância é muito importante, a estimulação infantil também, a valorização das potencialidades dos pequenos mais ainda.
Agora te convido a uma reflexão: